Notícia - 24/12/2019 às 18:40:55
UMA ÚLTIMA SÚMULA
SÉRIE DE ENTREVISTAS COM MAURICIO PAZ - ARTUR REZENDE
Por MAURÍCIO RABAIOLLI PAZ
,
Maurício Paz (Foto: Maurício Paz)
Artur Rezende nasceu imerso no futebol. Fez parte do time da rua, viu o
video game travar em partidas decisivas e o pai apitar em jogos que
quase saíam faíscas. Não à toa, há cinco anos, é o primeiro a soprar o
apito quando o ponteiro marca o intervalo de jogo da Copa Sortica. Mas
já esteve de um lado, quando a última preocupação era permanecer fora
das quatro linhas.
E foi assim
que conheceu o campeonato do qual faz parte, que hoje trata como uma
família. Durante quatro anos, atuou pela escolinha Craque 10,
ex-integrante da competição, e por lá consolidou uma história de amor
pelo esporte. Assim, também, viveu um momento inédito: recebeu uma
advertência do próprio pai, Snoppy – árbitro da partida – por
reclamação.
Um problema no joelho o impediu de seguir a
carreira de quem sonha em tornar o hobbie profissão e, por volta dos 15,
avistou do lado de fora uma nova forma de se integrar ao esporte.
Tornou-se mesário, com um novo lar, trabalhando com o pai aos finais de
semana. ‘‘É como se eu fosse passar um dia com a família. Tudo aqui traz
esse ambiente confortável’’, ressalta.
Com quatro anos
percorrendo ginásios da Capital e Região Metropolitana, Artur se
emociona ao lembrar da vez em que foi premiado uma medalha por completar
100 jogos à frente da competição, sem deixar de recordar a primeira
final que assinou. Com 13 decisões nas costas só no último ano, sonha em
seguir na área, rumo ao curso de Educação Física. A final se encerra.
Alguns choram e outros vibram. É mais uma súmula virada na vida de
Artur.
Texto e foto: Mauricio Paz