Notícia - 24/12/2019 às 18:38:43
EM BUSCA DO SONHO
SÉRIE DE ENTREVISTAS COM MAURICIO PAZ - FERNANDA MORAIS
Por MAURÍCIO RABAIOLLI PAZ
,
Maurício Paz (Foto: Maurício Paz)
Em um clima descontraído, é como se Fernanda Morais fosse membro de uma
grande família. E não só parece como é. Há pouco mais de um ano, faz
parte da Copa Sortica. Polivalente, pode ser vista como árbitra, mesária
e até organizadora da competição, que já não pensa mais em sair.
A relação fraterna começou há um ano, quando Marlova Boeck, amiga de longa data, a indicou para apitar
o campeonato. Formada em Educação Física e no curso da Federação Gaúcha
de Futebol de Salão, Fernanda aos poucos constrói um sonho arquitetado
quando pequena. Leva na memória o futsal como principal esporte na
infância.
E foi na escola que decidiu trilhar os rumos da vida
profissional. Inspirada no professor de Educação Física do Ensino Médio,
viu o potencial de transformação do esporte. Ele era responsável por um
projeto social que buscava afastar os adolescentes das drogas através
da ferramenta de ensino. E a partir desse momento, soube o rumo que sua
vida tomaria.
Fernanda, hoje, aos 26 anos, trabalha com
prevenção, mas perpetua o destino que lhe trouxe esperanças há poucos
anos. Mesmo com a certeza, reconhece o machismo como um empecilho para a
vida na arbitragem. Mas sabe que na Copa Sortica a única resposta para o
preconceito é a intolerância. ‘‘A organização, a amizade, ninguém ter
essa vontade de derrubar o outro… eu não abro mão de trabalhar aqui. É
realmente uma Família Sortica’’.
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