O jogo está empatado. A partida é acirrada, e nos últimos minutos de jogo a equipe Sub-9 do Teresópolis, que joga fora de casa, marca o gol. O grito da torcida ecoa no ginásio lotado durante o domingo e permanece ininterrupto, quando, nos segundos finais, a equipe consolida a vitória de 7x5. Ao fim da partida, Thiago Manske corre para o abraço como se fosse o sexto jogador. Os quase 20 anos de trabalho com o futebol não parecem tirar o brilho dos olhos de um bom jogo a longo prazo.
A experiência apenas consolidou a paixão. Em 2000, a passagem pelo Internacional serviu de bagagem para as dezenas de experiências que sucederiam, de Porto Alegre ao Interior do Estado. Há dois anos, quando ingressou no Teresópolis, traçou uma meta: tornar a escola uma referência. A perspectiva se consolida com a Copa Sortica, que, para ele, tem como pontos centrais a organização, a intensidade e a credibilidade.
O olhar centrado do treinador deixa implícito a responsabilidade de comandar 90 jovens durante algumas vezes por semana, mesmo direcionando o trabalho às questões administrativas. Sua proposta é desenvolver os alunos. E, do grito de felicidade ao abraço de consolo com o fim da partida, vale cada segundo.