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Maurício Paz - Colunista - 15/06/2019 às 18:04:27
O BOM JULGADOR
SÉRIE DE ENTREVISTAS COM MAURICIO PAZ - MARLOVA BOECK

Por JORGE SORTICA
PORTO ALEGRE, RS
Lucas Passos (Foto: Maurício Paz)
Lucas Passos corre de um lado para o outro na quadra de futsal. Ele mantém o olhar atento, aguardando as sucessões das jogadas para tomar a decisão. Quase se confunde com um jogador, mas a corda do apito no pescoço entrega sua função dentro das quatro linhas. O árbitro mais novo da Copa Sortica, de 24 anos, trocou o lado pelo julgamento há somente três anos e tem levado na bagagem uma série de honrarias.

O profissional atuava como diretor de um time de futebol, mas agarrou a possibilidade de ver os dois lados, com profissionalismo. O resultado veio quase de imediato por conta da dedicação: em 2017 - na estreia pela Copa Sortica  - foi indicado ao prêmio de Revelação, conquistando em 2018 a glória de ser o Melhor Árbitro de Futebol Sete, um dos momentos mais marcantes da carreira. Sua expectativa é alta. Lucas visa, no futuro, a possibilidade de apitar também partidas de Futebol de Campo.

Mas nem só de glórias vive o jovem árbitro. Ser juiz exige calma e precisão, além de lidar, por vezes, com a falta de respeito. ‘‘A gente trabalha com emoções e intimidação na maior parte do tempo. É complicado’’. A ausência de erros é imprescindível. A tranquilidade na hora da decisão também depende do campeonato. E aqui se cruza a história de Lucas com a Copa Sortica: ‘‘Ela tem uma proposta muito boa - a do preparo da gurizada e isso envolve também os professores’’.

Ao fim do jogo, o árbitro recebe o cumprimento de alguns e o desprezo de outros, com a ânsia de sentir novamente uma partida com um gol decisivo faltando três segundos para o término. Enquanto os atletas recebem os parabéns, o juiz se recolhe para o vestiário, com a certeza de dever cumprido.
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