Maurício Paz - Colunista - 30/09/2019 às 15:49:23
UMA LONGA TRAJETÓRIA
SÉRIE DE ENTREVISTAS COM MAURICIO PAZ - MARCOS HENRIQUE ALVES
Por MAURÍCIO RABAIOLLI PAZ
,
Maurício Paz (Foto: Maurício Paz)
O trajeto de 230 km de Vacaria a Porto Alegre se tornou um ritual na vida de Marcos Henrique Alves.
Assim como a maioria, traçou os destinos na Capital, quando saiu do
município dos Campos de Cima da Serra com 14 anos e atuou no futsal pela
equipe do Inter. Nos dois anos que se dedicou ao futebol, morou com os
tios. Iniciou a vida acadêmica inspirado no esporte que o acompanhou desde a infância. Começou o curso de Educação Física e fez o trajeto de volta a Vacaria.
Quando retornou, Marcos não esperava que, aos 35 anos, mais de 5 mil
jovens passariam sob sua responsabilidade – uma vida inteira dedicada à
educação. Em 2004, aos 20 anos, iniciou o Diprima com uma missão, que
foi aperfeiçoada ao longo dos anos: ‘‘conquistar a cidadania através do
esporte.’’
Atualmente, os cerca de 160 atletas comandados sob
suas ordens refletem um método pedagógico.O futebol é uma ferramenta
para formar cidadãos; o surgimento do jogador profissional é o conjunto
da obra consolidada no dia a dia do trabalho de 15 anos.
O
Diprima, que tem uma longa tradição em futebol de campo, conheceu a Copa
Sortica em 2015, quando ingressou no campeonato pela etapa na Serra. A
conciliação de finalidades das instituições resultou na participação
integral do time de Vacaria desde 2016. Marcos ressalta a seriedade, o
respeito entre equipes e o alto nível técnico como as principais
características.
Em 2016 e 2018, em Porto Alegre, o técnico foi
premiado como Professor Destaque da competição, láurea que fez questão
de compartilhar com o restante da equipe. Em 2017, foi, também, campeão
com o grupo Sub-9. Na glória e na tristeza, o caminho entre a Capital e
Vacaria acompanha lições de vida.