Aos 18 anos, Marcos Kamphorst levantou a dúvida que definiria seu futuro no esporte. ‘‘Para onde vou?’’, questionou, após uma juventude intensa dedicada ao futebol. Como a maioria, se projetou como jogador profissional no futuro. Foi da turma que jogava no meio da rua como se fosse final de campeonato. Na adolescência atuou pela escolinha, chegando à base do Internacional.

Não se via fora das quatro linhas. Ao definir os rumos no estudo, conciliou toda uma vida prática à teoria - cursou Educação Física. Na ampla gama de possibilidades de esportes, optou pela permanência no que havia formado seu caráter. Continuou no futebol. Saiu de um lado do campo para analisar minuciosamente a partida nos mínimos detalhes. Tornou-se árbitro. A escolha não teve charme. Fez para ganhar um dinheiro, mas de lá nunca mais saiu.

A escolha, traçada aos 18 anos, foi amplificada em 2006, quando participou da primeira edição da Copa Sortica, logo nas finais. Hoje, a parceria com o campeonato já dura 13 anos, e o árbitro reafirma o sentimento de uma segunda família. ‘‘Eu sempre priorizo a Sortica. Existe um vínculo de amizade, a gente se sente bem trabalhando nesse ambiente’’.