O Caminho Inverso 

Flavio Barcellos fez o caminho inverso. Cresceu na Capital, mas vive em Veranópolis. Quando começou a jogar bola, com apoio do pai, atuava em campo, mas o destino tratou de o encaminhar para o futsal, onde jogou até a categoria Sub-20. O técnico de 39 anos cursou Educação Física na Ufrgs. O ensino abriu novas portas. E, em 2000, passou a integrar a Escola do Grêmio.

Na capital brasileira da longevidade, Flavio pode se orgulhar de um número gigantesco, que nada tem a ver com a idade dos familiares. O coordenador técnico da Associação Atlética Veranópolis é responsável por mais de 600 alunos entre 5 e 17 anos, durante duas por vezes por semana. Metade deles integra o futsal. A proposta é parte de um projeto social com a prefeitura do município para garantir uma fonte de atividade física aos jovens.

Nas voltas do caminho inverso, a Associação se cruzou com a Copa Sortica. E, dentro do atributo pedagógico, ambos seguiram a mesma direção: ‘‘A Copa Sortica é a melhor competição para se participar por conta da organização e a forma como é montada’’, afirma Flavio.

O técnico faz questão que o caminho inverso não seja voltado apenas para si. Na profissão, se sente realizado ao ver a integração social - quando o filho do gari se junta ao do médico. 
E ambos trilham o mesmo caminho em que seu pai o colocou - o do esporte.